sábado, 27 de agosto de 2011

Dica para os pais*

Meu filho não é como eu gostaria que fosse!!


Trechos extraídos do livro: Seja feliz meu filho, de Içami Tiba
Introdução – p.15 a 17 e capítulo 9 p.179 e 180

Diz um ditado que durante a vida o homem deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Mas um desses objetivos jamais pode ser alcançado sozinho: o filho. Ele nunca é um objeto pessoal. Vai ser sempre uma produção do casal. A natureza fez a vida de uma maneira muito sábia, porque são necessárias sempre duas pessoas para formar uma criança.

A criança não nasce psicologicamente pronta. Embora traga nos genes heranças das famílias paterna e materna, ela precisa do afeto e do carinho dos pais para se desenvolver.


Caso viesse ao mundo como uma tartaruga, seu comportamento já estaria inscrito nos seus cromossomos. Graças a essa parte psicológica ainda não pronta, a criança pode ser comparada a uma esponja, que vai absorver tudo dos pais, inclusive as expectativas. Além daquilo que é determinado pelos cromossomos, ao longo dos anos, ela vai recebendo dos pais como somos, e dentro dela começam a se compor os atributos que determinarão como ela vai ser. As expectativas nada mais são do que um produto do amor. Como deixar de amar aquele pequeno ser que nasce de si mesmo e de alguém que se ama? Antes mesmo da gravidez, quando o casal planeja filhos, já está vislumbrando o futuro deles, todo um caminho a ser percorrido em direção ao sucesso e à felicidade. Muito raramente os pais depositam sentimentos negativos sobre os recém-nascidos ou os filhos que, nas suas conversas, imaginam ter um dia.

A criança não nasce psicologicamente pronta. Embora traga nos genes heranças das famílias paterna e materna, ela precisa do afeto e do carinho dos pais para se desenvolver.
Passam a ser reciprocidade quando esses desejos dos pais são expressos de um jeito gostoso, afetivo, muito mais do que por meio de orientações verbais ou de um discurso pronto, do tipo.
 A felicidade é uma conquista de uma caminhada em que cada passo já precisa ter um resultado bom.
A felicidade não está pronta...

A felicidade não está no final do arco-íris. Está também na caminhada.
A felicidade não está na aposentadoria. Está também no trabalho.
A felicidade não está nos filhos criados. Está também na criação.
Cada passo representa uma possibilidade de várias soluções. Quando os filhos nascem, um certo tipo de caminho já está determinado pelo sexo.

A construção da felicidade depende da capacidade de absorver a frustração, usufruir os ganhos e aprender com tudo isso.

Cada filho é único
A autocrítica exagerada paralisa.
A falta de crítica "delinqüência".
O que fazer, então?
Quando as expectativas dos pais são expressas de um jeito prazeroso, elas podem se tornar para o filho um objeto gostoso. A criança aprende muito mais com o clima afetivo
agradável do que numa atmosfera ameaçadora, em que reina a agressividade. É verdade que os pais, às vezes, cometem erros, inclusive sem má intenção.

O importante é que os pais não façam de seus sonhos uma camisa-de-força para os filhos, permitindo que experimentem os próprios caminhos.
Cada filho deve receber o que particularmente merece, seja crítica, seja elogio. Educação em bloco faz dos filhos um pelotão, e o que vale é a individualização. A riqueza nasce das contribuições individuais e da convivência dos diferentes. E da soma dos esforços brota a união. A saúde está relacionada à felicidade. Para criar personalidades saudáveis, é preciso considerar que cada filho tem necessidades diferenciadas. Cabe aos pais descobrir tais necessidades e também ensinar o filho a supri-las. Com isso, o filho vai aprender a medida da sociedade e da necessidade, incluindo a frustração.
"Se não arrumar o quarto vai ser um bagunceiro", "Se não estudar vai se transformar num vagabundo", "Se é bom em aritmética, será engenheiro". Aliás, quando os pais educam para não ser desse ou daquele jeito, dão a dica do modelo rejeitado por eles. E, assim, oferecem uma arma preciosa para que os filhos os agridam e os contrariem nas mais diversas ocasiões.
Com o poder de influir na história do desenvolvimento da criança, por meio de pequenos gestos no dia-a-dia, os pais pretendem transmitir, junto com a educação, todas as grandes lições que aprenderam na vida.
O filho, por sua vez, pode corresponder ou não às expectativas dos pais. Aliás, elas muitas vezes até se tornam o objetivo da criança, num gesto de reciprocidade do amor.

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